sábado, 26 de abril de 2008

Richard Dawkins

Richard Dawkins

Dawkins é zoólogo e etólogo, centrado na evolução. Influenciado por Darwin e o biólogo dinamarquês Nikolaas Tinbergen, teve uma grande contribuição para a ciência da evolução criando a memética, que é a análise quantitativa da transferência cultural de um ser para o outro. Da mesma forma que transferimos características genotípicas e fenotípicas para os nossos filhos, transferimos também a herança cultural para a sobrevivência no meio através das memes.
Ele divulgou sua idéia e um de seus mais famosos livros “O Gene Egoísta”. Os memes, ou a metáfora dos genes egoístas, foi um importante contexto para explicar o comportamento animal e humano, e um quadro para biólogos moleculares examinarem as interações biológicas dos genes.
Defendedo também o ateísmo, o ceticismo e o humanismo, divulgou o livro “Deus, um delírio”, onde mostra através de fatos científicos, a inexistência de Deus. Considerado um dos maiores intelectuais da atualidade e polêmico, falando sempre sobre ciência, religião e política.

Palestra Gustavo Berna

Gustavo Berna é biólogo faz parte da comissão do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Sua palestra fala sobre o mercado de trabalho baseado na Resolução nª 10, de 5 de junho de 2203.

RESOLUÇÃO Nº 10, DE 05 DE JULHO DE 2003.

“Dispõe sobre as Atividades, Áreas e Subáreas do Conhecimento do Biólogo”.

O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA - CFBio, Autarquia Federal criada pela Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983, no uso de suas atribuições legais e regimentais, considerando a decisão da Diretoria em 23 de maio de 2003, aprovada por unanimidade pelos Senhores Conselheiros Federais presentes na LXXV Reunião Ordinária e 173ª Sessão Plenária, realizada no dia 24 de maio de 2003,

RESOLVE:

Art. 1º São as seguintes as Atividades Profissionais do Biólogo: 1 - Na Prestação de Serviços: 1.1 - Proposição de estudos, projetos de pesquisa e/ou serviços; 1.2 - Execução de análises laboratoriais e para fins de diagnósticos, estudos e projetos de pesquisa, de docência de análise de projetos/processos e de fiscalização; 1.3 - Consultorias/assessorias técnicas; 1.4 - Coordenação/orientação de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços; 1.5 - Supervisão de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços; 1.6 - Emissão de laudos e pareceres; 1.7 - Realização de perícias; 1.8 - Ocupação de cargos técnico-administrativos em diferentes níveis; 1.9 - Atuação como responsável técnico (TRT).

Art. 2º São as seguintes as Áreas e Subáreas do Conhecimento do Biólogo: 2.1 - Análises Clínicas. 2.2 - Biofísica: Biofísica celular e molecular, Fotobiologia, Magnetismo, Radiobiologia. 2.3 - Biologia Celular. 2.4 - Bioquímica: Bioquímica comparada, Bioquímica de processos fermentativos, Bioquímica de microrganismos, Bioquímica macromolecular, Bioquímica micromolecular, Bioquímica de produtos naturais, Bioenergética, Bromatologia, Enzimologia. 2.5 - Botânica: Botânica aplicada, Botânica econômica, Botânica forense, Anatomia vegetal, Citologia vegetal, Dendrologia, Ecofisiologia vegetal, Embriologia vegetal, Etnobotânica, Biologia reprodutiva, Ficologia, Fisiologia vegetal, Fitogeografia, Fitossanidade, Fitoquímica, Morfologia vegetal, Manejo e conservação da vegetação, Palinologia, Silvicultura, Taxonomia/Sistemática vegetal, Tecnologia de sementes. 2.6 - Ciências Morfológicas: Anatomia humana, Citologia, Embriologia humana, Histologia, Histoquímica, Morfologia. 2.7 - Ecologia: Ecologia aplicada, Ecologia evolutiva, Ecologia humana, Ecologia de ecossistemas, Ecologia de populações, Ecologia da paisagem, Ecologia teórica, Bioclimatologia, Bioespeleologia, Biogeografia, Biogeoquímica, Ecofisiologia, Ecotoxicologia, Etnobiologia, Etologia, Fitossociologia, Legislação ambiental, Limnologia, Manejo e conservação, Meio ambiente, Gestão ambiental. 2.8 - Educação: Educação ambiental, Educação formal, Educação informal, Educação não formal. 2.9 - Ética: Bioética, Ética profissional, Deontologia, Epistemologia. 2.10 - Farmacologia: Farmacologia geral, Farmacologia molecular, Biodisponibilidade, Etnofarmacologia, Farmacognosia, Farmacocinética, Modelagem molecular, Toxicologia. 2.11 - Fisiologia: Fisiologia humana, Fisiologia animal. 2.12 - Genética: Genética animal, Genética do desenvolvimento, Genética forense, Genética humana, Aconselhamento genético, Genética do melhoramento, Genética de microrganismos, Genética molecular, Genética de populações, Genética quantitativa, Genética vegetal, Citogenética, Engenharia genética, Evolução, Imunogenética, Mutagênese, Radiogenética. 2.13 - Imunologia: Imunologia aplicada, Imunologia celular, Imunoquímica. 2.14 - Informática: Bioinformática, Bioestatística, Geoprocessamento. 2.15 - Limnologia. 2.16 - Micologia: Micologia da água, Micologia agrícola, Micologia do ar, Micologia de alimentos, Micologia básica, Micologia do solo, Micologia humana, Micologia animal, Biologia de fungos, Taxonomia/Sistemática de fungos. 2.17 - Microbiologia: Microbiologia de água, Microbiologia agrícola, Microbiologia de alimentos, Microbiologia ambiental, Microbiologia animal, Microbiologia humana, Microbiologia de solo, Biologia de microrganismos, Bacteriologia, Taxonomia/Sistemática de microrganismos, Virologia. 2.18 - Oceanografia: Biologia Marinha (Oceanografia biológica). 2.19 - Paleontologia: Paleobioespeleologia, Paleobotânica, Paleoecologia, Paleoetologia, Paleozoologia. 2.20 - Parasitologia: Parasitologia ambiental, Parasitologia animal, Parasitologia humana, Biologia de parasitos, Patologia, Taxonomia/Sistemática de parasitos, Epidemiologia. 2.21 - Saúde Pública: Biologia sanitária, Saneamento ambiental, Epidemiologia, Ecotoxicologia, Toxicologia. 2.22 - Zoologia: Zoologia aplicada, Zoologia econômica, Zoologia forense, Anatomia animal, Biologia reprodutiva, Citologia e histologia animal, Conservação e manejo da fauna, Embriologia animal, Etologia, Etnozoologia, Fisiologia animal/comparada, Controle de vetores e pragas, Taxonomia/Sistemática animal, Zoogeografia.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente a Resolução CFB nº 005/85 de 11 de março de 1985.

NOEMY YAMAGUISHI TOMITA

(Publicada no DOU, Seção 1, pág. 191, de 21.8.2003)

Explicou como funciona o EIA (Estudos de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), que foi instituída pela Resolução Conama N.º 001/86. São estudos que licenciam atividades modificadoras como hidrelétricas, estradas, ferrovias, portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos, linhas de transmissão de energia elétrica, projetos urbanísticos, qualquer atividade que utilize carvão vegetal, complexos e unidades industriais e agro-industriais e, etc.
Mas o ápice da palestra foi sobre o biólogo trabalhar em uma Ong, ou a sua criação, com base na ética do biólogo. Explicou como utilizar o FECAM (Fundo Estadual do Meio Ambiente) para a realização de projetos dentro da Ong, e a Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais), que esclarece e ajuda a formar uma Ong.
Foi uma palestra bate-papo, onde pudemos esclarecer melhor nossas dúvidas quanto aos assuntos abordados e, criar perspectivas quanto à profissão.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Células-tronco embrionárias

Células-tronco embrionárias são células do estágio do blastocisto do embrião, que se dá entre o quarto e o quinto dia após a fecundação, e precede a fase embrionária. O blastocisto é capaz de gerar diferentes tipos celulares e reconstituir diversos tecidos, consideradas uma fonte promissora de cura de doenças neurológicas, diabetes, regeneração de tecidos e ossos, lesão na medula espinhal e muitas outras moléstias.
Por ter essa capacidade, as células-tronco embrionárias têm sido alvo de debate entre cientistas, igreja, médicos, governo e a sociedade. A polêmica gerada é se as células-tronco são consideradas embrião, ou seja, um ser humano, ou não.
Muitos não consideram que o embrião seja uma pessoa até o sexto dia após a fecundação. Até essa fase é normal óvulos fecundados serem eliminados antes de se implantarem no útero. E os óvulos que foram fecundados em laboratório, muitos são descartados depois de determinado prazo. Muitos também consideram que quando o óvulo é fecundado, já se torna uma pessoa, um ser humano. Assim já possui diretos de cidadão e tem que ser respeitado como uma vida.
Devemos discutir também se o avanço das pesquisas direcionadas à cura de males genéticos será benéfico para a natureza. Pois estaremos mexendo com a nossa evolução natural, e com a nossa relação com o meio ambiente. Já estamos nos aproximando para a saturação de humanos, e as pesquisas podem trazer o colapso. É uma situação delicada para ser discutida, tendo que estudar cada parecer, pois isso pode mudar o caminho da humanidade, para melhor ou para pior...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Exposição Charles Darwin

Charles Darwin

Charles Robert Darwin, reconhecido no mundo inteiro por sua obra, a Teoria da Evolução, é responsável pela mudança no ponto de vista em relação à origem da vida.
Darwin nasceu em 1809 na Inglaterra. Filho de físico e neto de poeta e filósofo, Darwin sempre foi um observador da natureza. Depois de frustradas tentativas nas áreas de Medicina e Teologia, foi convidado para embarcar na expedição científica no navio Beagle.
Foi durante essa viagem, que Darwin começou a observar a distribuição das espécies e evidências da evolução. Exerceu funções de geólogo, zoólogo e botânico, estudando ricas variedades geológicas, fósseis vivos, organismos vivos, além dos nativos e colonos que conheceu. Sua passagem pelo Brasil o deixou maravilhado com a diversidade e, transtornado, ao saber que o homem achava que os escravos brasileiros eram “felizes”, pois Darwin era contra a escravidão, e defendia que não há relação de superioridade entre as espécies, raças ou seres vivos.
Quando voltou à Inglaterra, já era um naturalista reconhecido, principalmente pelos seus conhecimentos geológicos e zoológicos. Dedicou-se então a descrever e estudar suas coleções coletadas ao longo de sua viagem.
Enquanto isso escrevia para a Sociedade de Zoologia e Geologia, onde se tornou membro do conselho. Escreveu vários textos, artigos e livros, um deles descrevendo sua viagem a bordo do Beagle.
Mas o seu marco foi quando decidiu, em 1859, publicar o livro “A Origem das Espécies”, onde ele expõe a idéia de que a evolução de todas as espécies do planeta se deu a partir de um ancestral comum, e que a diversidade podia ser explicada pelos mecanismos da seleção natural. Ele já havia escrito o livro há mais tempo, mas por medo de ser criticado pela sociedade científica, adiou a sua publicação. Decidiu o fazer quando descobriu que outro cientista havia publicado um ensaio parecido com sua teoria.
Apesar de ter sido criticado pelo corpo científico da Igreja da Inglaterra, sua idéia foi muito bem aceita pelos novos cientista e é aceita até hoje por toda a comunidade científica.
Charles Darwin morreu em 1882 e foi sepultado na Abadia de Westminster, a alguns metros de Sir Isaac Newton.


Sobre a exposição:

A exposição itinerante "Darwin - Descubra o homem e a revolucionária teoria que mudou o mundo" é um passeio pela vida do naturalista inglês que criou a Teoria da Evolução.
Ele remonta a Ilha de Gálapagos, com réplicas de animais encontradas no local, onde Darwin ficou mais impressionado e mais intrigado. Mostra alguns dos instrumentos que usou durante a sua viagem, uma réplica da sala onde Darwin estudava e praticava seus experimentos. Mas o que achei mais interessante foi a forma como mostrou a evolução do homem através de crânios de cada espécie em relação à época em que viveu.
A exposição ajuda a conhecer mais sobre o célebre cientista e como ele chegou a tal teoria. Mexe um pouco com o nosso íntimo, e nos faz pensar, será que vamos evoluir ou nos extinguir? E nos deu também uma boa sugestão de leitura: “A Origem das Espécies”.

Transposição do Rio São Francisco

Transpor ou não? Eis a questão. Se pararmos para pensar, aliás, é só olhar e perceber que é uma megaobra para enriquecer os bolsos dos políticos favoráveis, e não para o devido fim que eles propõem.
A transposição consiste em levar água para os que vivem no semi-árido, diminuindo assim a fome, as desigualdades sociais e as diferenças regionais. Mas na prática, não é isso que vai acontecer. A maior parte da água, cerca de 70%, será levada para os agronegócios (fazendas de fruticultura e carcinicultura) responsáveis pela exportação na região e que nada contribui para a geração de empregos e inclusão social. E apenas 4% para pequenos agricultores e populações difusas, os que realmente enfrentam a seca predominante dessa região. Isso é uma violação da moral, da ética e da legislação. É também uma violação à natureza, pelo grande impacto que irá provocar ao meio ambiente e à biodiversidade do rio.
O Velho Chico não pede que suas águas sejam esparramadas e sim cuidadas. Ele pede socorro! Ele pede revitalização! O rio corta 5 estados brasileiros, com sua nascente na Serra da Canastra e sua foz no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas. Ao longo de seus 2800Km de extensão, ele já vem sofrendo as intervenções antropológicas, tendo sérios problemas com a poluição, vazão, assoreamento, uso irracional da água, construção de barragens dificultando a reprodução de peixes e o desmatamento das matas ciliares. E com a transposição, todos esses problemas serão agravados.
E os biólogos que estão trabalhando nessa empreitada, no meu ponto de vista, não está sendo condizente com o Código de Ética do Biólogo, onde lemos, logo no Capítulo I, no 2ª artigo o seguinte, “Toda atividade do Biólogo deverá sempre consagrar o respeito à vida em todas as suas formas e manifestações e à qualidade do meio ambiente...”. Há também o artigo 6ª do Capítulo III que o dever do Biólogo é “não ser conivente com os empreendimentos que possam levar riscos, efetivos ou potenciais, de prejuízos sociais ou ao meio ambiente...”.
Lembro também que o governo não está respeitando a lei 9433/97 (Lei das Águas) não aceitando a oposição da população e do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, dando continuidade à obra.
É uma luta que não deve ser só dos políticos opositores ao projeto nem das populações diretamente atingidas pela transposição, e sim de toda a sociedade, principalmente de biólogos com conhecimentos da área, pois é uma atividade que vai prejudicar e muito a nossa Terra.